Nossos pés sempre foram alvo de muitos cuidados!!!!

Cuidamos pela aparência, pelas dores, pelo bem estar, pelo carinho que eles necessitam.

Os pés diabéticos necessitam de muita atenção, em função das conseqüências trazidas pela doença: diminuição da micro vascularização,dificultando qualquer regeneração tissular, ou seja, qualquer ferimento é muito difícil cicatrizar. Diminuição da sensibilidade das extremidades. Por isto o diabético tem que observar, constantemente seus pés. Micoses entre os dedos,ou nos pés, onicocriptose (unha encravada), bolhas,ferimentos...enfim qualquer ferimento pode causar grandes transtornos.   

Pés de idosos: com o tempo nosso corpo sofre transformações. Uma parte do corpo que sofre com estas modificações corporais são os pés. Problemas na coluna, ou posturais causam danos na biomecânica dos pés, causando dores, calos, calosidades, deformações ungueais. Falta de cálcio, além do enfraquecimento ósseo, também pode enfraquecer as unhas. Problemas circulatórios causam dores, inchaços, dificuldade de cicatrização. Existem patologias que atinge a todos, porém, outras,são mais comuns em idosos como: esporão de calcâneo,algumas síndromes, joanetes.  

Pés de crianças: muito comum aparecer em crianças e adolescentes: verrugas plantares ''olho de peixe''. Não há dificuldade em tratar. Micoses, até pelo uso constante de tênis; bolhas; unhas encravadas, pelo corte incorreto das unhas.

Mulheres: cuidam mais dos seus pés, talvez, pela exposição das sandálias. Pelo uso de sapatos com saltos altos e "bicos finos" sentem um maior desconforto, dores provenientes de calos, ressecamento provocando as fissuras.

Contudo, homens, mulheres; jovens ou idosos ...todos temos pés...e existem várias patologias (doenças) que os acometem( podopatias).

A PODOLOGIA é uma ciência que estuda e trata da parte externa dos pés. É uma área da saúde. O podólogo é o profissional devidamente instruído, formado e responsável para tratar de algumas patologias ( doenças) que acometem os pés. É um profissional que fazendo uma tríade: médico-paciente-podólogo, trará o bem estar necessário para um caminhar saudável.

Trata de:
Micose (doença causada por fungos), calos ( grande acúmulo de células epiteliais (camada córnea)num determinado local que sofre grande pressão)..

Doença causada por fungos. Existem mais de 230 mil espécies de fungos; apenas 100 causam doenças. Os fungos se proliferam (aumentam) quando encontram condições favoráveis: locais escuros, úmidos e quentes, como nos sapatos.
Existem as micoses profundas onde os fungos se disseminam através da circulação sanguínea e linfática, infectam: pele, pulmão, intestino e até o sistema nervoso.
Já as micoses superficiais, localizam-se na camada externa da pele, ao redor dos pelos e cabelos, ou nas unhas alimentando-se de uma proteína chamada queratina. Cerca de 30% da população mundial tem problemas causados por micoses superficiais.

TIPOS DE MICOSES                                                                      

Do corpo: atinge tronco e membros, as lesões são avermelhadas, coçam e podem escamar. 
Crural: manifestam-se na virilha, ao redor do órgãos genitais e do ânus. São lesões escamosas, bordas acentuadas e coceiras (é mais comum em homens em países quentes). 
Do couro cabeludo: mais comum em crianças (meninos com o uso de boné), atinge sobrancelhas, cílios e pálpebras. 
Dos pés: muito comum, pois o ambiente fechado e úmido favorece os fungos. 

MICOSE pode ser:  

• Onicomicose: micose nas unhas.                                                          
• Interdigital: (pé de atleta, frieira) atinge a pele entre os dedos, provocando coceira, descamações, fissuras, placas esbranquiçadas e ás vezes odor. Pode vir acompanhada por uma infecção bacteriana. 
• Escamosa: atinge a região da planta e lateral dos pés, causa descamação e mau cheiro. 
• Vesiculosa ou desidrosiforme: começa com bolhas que provocam coceira e vermelhidão resultando em descamação e ressecamento da pele. 
• Placa marginada: lesões avermelhadas e elevadas com bordas nítida. 

CUIDADOS ESSENCIAIS: lavar e secar bem os pés (evite usar a mesma toalha para o uso do corpo), seque com papel higiênico ou gaze entre os dedos, se preferir até usar o secador de cabelos para deixar o local o mais seco possível, (lembrando que os fungos adoram lugares úmidos), prefira meias de algodão, trocando-as diariamente, sapatos devem ser usados alternadamente, crie o hábito de usar algum anticéptico ( pó ou líquido) nos sapatos e deixe-os ao sol para secar (se possível ). Evite andar em lugares públicos descalço (piscinas, clubes, hotéis, banheiros...) usando sempre um chinelo; use um antimicótico.

MICOSE DE UNHA (ONICOMICOSE): causadas por fungos: dermatófitos ou leveduras (Cândida albicans). As maiores incidências são nas unhas dos pés podendo também ocorrer nas unhas das mãos. Ocorrem geralmente nas unhas que apresentam alterações estruturais devidas a traumatismos, por produtos químicos, por doenças secundários (psoríase, líquen plano, etc...) ou quando há uma queda no sistema imunológico (doenças, estresse, etc...).;
Normalmente iniciam na borda livre ou nas laterais da unha. Inicialmente com perda de brilho, mudança de coloração para branco lustroso com borda marrom e posteriormente há espessamento da lâmina (unha), com o aparecimento (ou não) de maceração causando a destruição progressiva da lâmina (unha); podendo ocorrer completa destruição da mesma. O diagnóstico preciso é sempre laboratorial 

TRATAMENTO PODOLÓGICO: todo tratamento de uma onicomicose é prolongado, custoso e as vezes agressivo. Porém é necessário tratar (curar) pois pode causar perda total da lâmina (unha), atingindo as outras unhas do pé.O podólogo auxilia muito no tratamento, pois realiza um trabalho profundo de limpeza no local usando: alicates (fazendo o corte adequado); bisturis (retirando o máximo possível de maceração); lixas, brocas e fresas (usados para desbaste, lixamento e retirada). Eliminando, assim, o máximo possível, os fungos do local. Materiais estes, descartáveis e/ou esterilizados.Também há o uso do aparelho de alta freqüência ou LED. Acompanhando sempre com antifúngicos de uso tópico ou oral (receitado por dermatologistas). 
É um trabalho multidisciplinar: podólogo-paciente-médico.

 A bolha é o acúmulo de fluído (com ou sem infecção) entre a camada interna e externa da pele, causadas por atritos, fricção,  calçados apertados ou largos, queimaduras, excesso de frio ou calor, doenças na pele, alergias, irritações na pele provocados por agentes químicos.
Muito comum em atletas, praticantes de esportes ou caminhadas. Profissionais que andam muito durante longo período. Pessoas com pele sensíveis.

ALGUNS CUIDADOS:
Verificar se calçados, inclusive tênis e sandálias, estão de acordo.
Verificar se as costuras das meias não estão pressionando (principalmente em crianças).
Pessoas diabéticas os cuidados são maiores, pois muitas vezes as mesmas não sentem a bolha ou qualquer machucado.
Procure não furar as bolhas, principalmente com objetos não esterilizados, elas podem infeccionar. 

TRATAMENTO PODOLÓGICO: O podólogo fará a assepsia, analisará a melhor maneira de tratar a bolha, depois, se necessário, fechará com curativos. Retorno ( se necessário).

Diabetes é uma doença causada pela deficiência de insulina no organismo. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas (glândula: exócrina que produz enzimas para a digestão e endócrina que produz insulina, controlando os níveis de açúcar no sangue.) A insulina é um hormônio que se junta ás moléculas de glicose para introduzi-las dentro das células, transformando a glicose em energia.

Pode ser classificada como: 

Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é mais frequente em pessoas com menos de 35 anos, mas pode surgir em qualquer idade, é auto imune (o organismo contra si mesmo), caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina, onde o próprio organismo distroi estas células como se fossem corpos estranhos. Os portadores de DM1 são insulino -dependentes porque o organismo deixa de produzir insulina (ou produz em pequena quantidade). Para regularizar o metabolismo do açúcar no organismo, o portador da DM1, usa injeções diárias de insulina. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo podem afetar os olhos ,rins, nervos e coração. Não se sabe ao certo porque as pessoas desenvolvem a DM1 (Diabetes Mellitus Tipo 1).
 Seus sintomas são: - Vontade de urinar; - Fome frequente; - Sede constante; - Perda de Peso;
- Fraqueza; - Fadiga; - Nervosismo; - Mudança de humor; - Náusea; - Vômito.      

Diabetes Mellitus Tipo 2(DM2) sua maior incidência é acima dos 40 anos, possui um fator hereditário maior que o tipo 1. Há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que de 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos.É caracterizado pela contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente na corrente sanguínea. O DM2 (Diabetes Mellitus Tipo 2) é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercícios físicos. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e por fim, combinações destes a insulina.
Seus sintomas: - Infecções Frequentes; - Alteração Visual,(visão embaçada); - Dificuldade de Cicatrização de Feridas; - Formigamento nos pés; - Furunculose.      

Diabetes  Gestacional  ocorre na mulher durante a gravidez, desaparecendo depois do parto. Nestes casos a falta desse hormônio causam: HIPERGLICEMIA: é o aumento da taxa de açúcar no sangue . Sinais e sintomas: - Sede intensa; - Urina freqüente; - Fome exagerada; - Cansaço; - Visão Turva; - Prurido (coceira); - Náuseas e vômitos; - Cãibras. Providências: - Restringir o uso de açúcar (massas, doces, etc); - Procurar assistência médica imediatamente. HIPOGLICEMIA: é a baixa da taxa de açúcar no sangue. Sinais e Sintomas: - Suores frios, pele pegajosa; - Tremores; - Vertigens; - Sensações de fraqueza;  - Dor de cabeça; - Fome intensa e repentina; - Formigamento nos lábios e pontas dos dedos; - Confusão Mental.   

DIABETES AUMENTAM OS RISCOS DE INFECÇÕES NOS PÉS. Pesquisas realizadas e em consultoria de 23 estados do pais revelam que os brasileiros não cuidam bem dos pés. Das 33.523 pessoas examinadas, 65,4% apresentam algum tipo de doença nos pés. Nenhuma delas procurou o médico devido a esses problemas. O estudo inédito, chamado Projeto Achille, contou com o apoio da Sociedade de Dermatologia e da Jassen-Cilag. Nos pés de 36% dos homens e 29,4% das mulheres havia sinais de ataque por fungos. E 64% dos pacientes tinham fatores agravantes para doenças nos pés. Por exemplo, 7,31% relataram história familiar de diabetes e 14,13% eram obesos. Além disso 57,6% das lesões eram nas unhas e 49,5% dos diabéticos tinham infecções. Esta pesquisa ajudará a conscientizar a população para o fato de que a maioria dos problemas dos pés tem cura. Falta de higiene, uso de calçados fechados e apertados que não permitem a respiração dos pés, obesidade, diabetes e defeitos ortopédicos contribuem para doenças nos pés .Diz a médica Clarisse Zaitz, chefe do serviço de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo. Quando doenças nos pés não são diagnosticadas e tratadas, há riscos de erisipela e úlceras. A prevenção segundo Clarisse é simples, basta enxugar bem os pés, usar calçados adequados ,arejados e trocá-los diariamente. Sergio Bartczark, diretor-médico da Janssen-Cilag. Diz que as pesquisas mostram que os brasileiros não se preocupam com a saúde dos pés. Por outro lado, os médicos só examinam esta parte do corpo se o paciente se queixa.Isto deve mudar. Os médicos devem examinar os pés independentemente de um pedido do paciente. Nos idosos não são raras as ulceras nos pés, principalmente em diabéticos. O portador dessa doença perde a sensibilidade e não percebe as feridas. Já o obeso tem dificuldades para o auto exame. Sendo a diabetes uma das doenças que mais prejudicam os pés, qualquer acidente sem os cuidados devidos pode causar a amputação. Por isso o Paciente diabético deve sempre tratar dos pés com um especialista, para evitar conseqüências sérias e definitivas. As conseqüências que geralmente afetam os pés das pessoas com diabetes são: Angiopatia, neuropatias, lesões esqueléticas e os transtornos tróficos. Os mais preocupantes são as neuropatias, pois diminuem a sensibilidade dos pé, retardando a verificação de algumas lesões, inclusive as cutâneas até evoluir para uma gangrena ou mal perfurante plantar (ulceração cutânea avançada). 
        Cuidados com o pé diabético: 

•  Manter á glicemia sob controle;
•  Lavar os pés diariamente , secando-os bem com uma toalha ou papel bem macio para não lesar entre os dedos, também pode usar o secador de cabelos.
• Manter a pele limpa e hidratada por meio de loções lubrificantes apropriadas; não usar loções hidratantes entre os dedos. 
• Observar os pés todos os dias, pode-se utilizar um espelho ou solicitar ajuda a alguém.
• Cortar as unhas não muito curtas para evitar ferimentos, lixar suavemente.
• Trocar meias diariamente; dar preferência por meias macias de algodão sem costura.
• Evitar andar descalço.
• Sapatos apertados e sandálias não são recomendados.
•  Examine seus sapatos para ver se há corpos estranhos, como pedras, deformações das palmilhas ou pregos que podem ferir os pés.
• Evite fumar, o cigarro dificulta a circulação sanguínea que nos diabéticos pode levar a gangrena.
• O exercício físico é muito importante, para a circulação e o controle da doença.
• Nunca retirar ou cortar calos plantares, verrugas, olhos de peixe, unha encravada;com utensílios caseiros.
• Não utilize produtos comerciais para remoção de calos.
• Procure um podólogo especializado para a realização de um tratamento específico

TRATAMENTO PODOLÓGICO: qualquer sinal de alteração nos pés: dores, calos, calosidades, infecções (na pele ou unhas), coloração avermelhada, machucados,etc..    deve-se procurar um profissional qualificado para resolver e/ou orientar no melhor tratamento para manter os pés em ordem, saudáveis e sem problemas.

O podólogo trata de:

Calos, calosidades retirando-os com emolientes e bisturis (devidamente esterilizados e não é um processo invasivo), 
Unhas: cortando-as e lixando-as corretamente, em casos de onicocriptose (unha encravada) com inflamações, infecções ou granulomas retira-se a espícula (pedaço de unha dentro da carne), ou o que estiver causando a infecção, tratando até perfeita cicatrização. Precisando pode-se utilizar de Laser ou LED para a cicatrização. Depois utiliza-se de órteses, anteparos (guta percha, ou outros materiais) corrigindo o formato desta unha para que não haja reincidência do problema.

 Micoses de pele ou unha: orienta e auxilia  no tratamento.
 Bicho de pé, verrugas plantares (olho de peixe),desidrose... enfim qualquer alteração deve-se procurar um podólogo e/ou um médico.Todo diabédico tem que cuidar mais dos pés do que uma pessoa que não possua a doença.Tem que ter acompanhamento médico .O podólogo assume um trabalho multidisciplinar: podólogo-paciente-médico. 

Calos são aumento da camada córnea ou seja : espessamentos da pele. Em função de uma pressão muito grande no local, acontece  uma isquemia (falta de oxigenação nas células epiteliais, por falta de circulação sanguínea) matando as células superficiais da camada córnea. O organismo entende que tem que proteger o local e causa um espessamento da mesma.Calos podem ser moles, duros com ou sem núcleo (parte mais dolorida e de maior pressão), as vezes confundido com verruga plantar (olho de peixe), que é um vírus e o tratamento é diferente.       

Calosidade também é o espessamento da pele, porém, menos dolorido , muito comum na região do calcâneo (calcanhar) e na região metatársica (parte abaixo dos dedos, na região plantar).      

As principais causas são:

Uso de calçados apertados,de salto alto, bico fino,  deformados, número menor que o uso habitual. Também por deformações ósseas nos pés e dedos como: dedo martelo, pé cavo.

TRATAMENTO PODOLÓGICO: desbaste de calos e calosidades com bisturis (descartáveis), uso de motores para usar  pontas (brocas) , enucleadoras para retirada dos núcleos, lixas para um perfeito acabamento e término do desbaste. Se preciso, após o tratamento: confeccionar órtese de silicone (ortoplastia), material de consistência elástica que causa grande comodidade para o paciênte.
Ainda pode-se orientar o paciênte a usar palmilhas e protetores de silicone,gel ou flanela.